Os dias são de aparente acalmia, no que à pandemia COVID 19 concerne, mas a AMICI não pode parar, porque as necessidades de ajuda estão lá.
Porque há hospitais que não têm a sorte de estarem debaixo dos holofotes e por isso não têm direito às mesmas benesses (privadas ou públicas) que outros maiores.
Porque nas cidades mais pequenas vivem portugueses de primeira, tal como nos grandes centros.
Porque a sociedade civil foi tomando múltiplas iniciativas, mais ou menos desgarradas, favorecendo sobretudo os grandes hospitais, por vezes despejando equipamentos redundantes em alguns centros.
Porque a AMICI tem obrigação de gerir os recursos que associados e “amici” nos confiaram, quantas vezes resultado de muito esforço e depois da “limpeza” feita pelo fisco.
Posso agradecer a todos pelo esforço feito e dizer-vos que a AMICI recebeu até este momento 51.016,17 EUR, verba com a qual será possível ajudar várias instituições a servir melhor muitos pessoas. Serve esta oportunidade, também, para prestar contas do que tem sido feito e do que vamos fazer.
Assim sendo, informo que:
(1) No dia 25 de maio de 2020, após múltiplos contactos com o responsável pela unidade de cuidados intermédios do Hospital de Famalicão (CHMA), e no decorrer de uma visita às instalações ao referido serviço, propusemo-nos equipar uma unidade funcional de modo a ter condições adequadas para
vigilância e tratamento de um doente grave pelo tempo necessário até ser
encontrada/conseguida colocação numa cama de cuidados intensivos. Para isso foram entendidos como necessários: criar uma compartimentação física, isto é, barreiras em vidro com adufa (ao cardo do CHMA); 1 máquina de geração de pressão negativa (a fornecer pela AMICI); 1 monitor de sinais vitais com pressões invasivas (já disponível no CHMA); 2 seringas infusoras + 2 bombas infusoras (a fornecer pela AMICI); 1 ventilador com possibilidade de ventilação invasiva e não invasiva (cedência da AMICI – entregue no CHMA /Dr David Silva – Trilogy 100 – TV111101237). (anexo documento do CHMA de 26/05/2020)
(2) Encetamos conversações com o Hospital de Barcelos (agendada uma visita a essa unidade para 02 de junho de 2020), de modo a perceber das reais necessidades para conseguirmos uma unidade funcional com as características acima referidas nesse hospital.
(3) Foram já feitos contactos com o Hospital da Póvoa do Varzim, para diagnóstico da situação no que a cuidados intermédios existe nessa instituição para tornar possível a criação de um local adequado à gestão de doentes graves.
A todos os amici, “prepare for the worst, expect the best”.
um forte abraço.
Jorge Gomes da Silva (Presidente da AMICI)
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